quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Enfim, Pombal acordou

Pombal - Era uma vez um político que nutria a ambição de liderar o seu povo por um longo período de tempo. Eis que surge no seu caminho um jovem desprovido de ambições dominadoras, dotado de uma simplicidade sem igual.
Em função disso conseguiu mudar o cenário político local, de tal sorte que o líder, que se dizia carismático e imbatível, viu suas ambições caírem por terra. Vejamos, a seguir, como o fenômeno da transformação aconteceu: Certa vez alguém me falou que a liderança do ex, em Pombal, seria coisa para três décadas. Triste profecia. De imediato discordei do meu interlocutor ao adverti-lo de que essa previsão era ilusória.
Dessa forma, ressaltei que a minha aposta era de que o horizonte de tempo dessa liderança teria a mesma extensão de um vôo de galinha.
O amigo me perguntou porque? Respondi: ora, este moço não reúne as condições ideais para a prática de um ciclo de liderança de longo prazo.
Suas virtudes sempre estiveram aquém das suas ambições. Por conta disso, naquela época, era voz corrente aqui na terrinha que ele tinha dificuldade para se relacionar, de forma civilizada, com seus próprios amigos, assim como, com os adversários, considerados inimigos pessoais, por conseguinte, também político.
Assim sendo, ao exercer o seu mando como executivo municipal, comportou-se como se fosse senhor absoluto da verdade.
Ao redor dele ninguém sabia de nada. Dessa forma fechava-se em copas, ditava as regras aos quejandos, na base do faça-se, cumpra-se e ainda impunha um silencio obsequioso para que ninguém se opusesse aos seus ditames. Em assim se comportando, eis o resultado: Diante do exposto, pode-se dizer que a vitória de Polyana não foi surpresa, porque, quando o povo está a fim de mudar não há quem o desvie das suas intenções. É de se reconhecer que estamos a colher o que Jairo plantou na mente e coração de todos pombalenses.
Por esse motivo esta vitória leva o povo a cantar, em todos os recantos da cidade, glorias e louvores a um jovem administrador, de alma limpa e coração puro, que nos deixou quando muito queríamos que ficasse.
Posso dizer ainda que essa vitória é uma resposta do povo a toda sorte de humilhações sofridas por Jairo, em vida e depois de morto.
Ninguém pode deter os desígnios de Deus. Ele tira com uma mão e dá com a outra. Ele chamou Jairo do nosso convívio, porem, nos deixou Polyana. Assim como o marido, esta jovem de simpatia contagiante, desponta no cenário político local de forma gloriosa e retumbante. Corajosa, culta inteligente, humana, assim como o seu saudoso marido, carrega dentro de si o nobre ideal de bem servir a sua comunidade. Desse modo, só nos resta a agradecer ao Deus Pai de infinita bondade e misericordioso e ao mesmo tempo pedir-Lhe que ilumine essa jovem, futura administradora, para que, ao assumir o comando do município, ponha em prática uma administração voltada para os interesses maiores da comunidade a fim de que, o povo da terrinha possa resgatar a sua auto-estima, fortemente abalada, por conta do sinistro que levou o seu marido a residir na Sagrada e definitiva morada Celestial.
Quanto aos opositores, só nos resta conceder-lhes o perdão pelos males que causaram ao povo desta terra, em particular, aos familiares de Jairo, justo naquele momento em que todos estavam a chorar a perda do mais proeminente membro da família. O preço que esse grupo pagou, pelas injúrias, recheados de incontinências verbais, com o firme propósito de apagar o nome de Jairo da memória do povo, foi muito alto.
Por outro lado foi o povo quem ganhou com tudo isso, porque viu cair por terra o mais personalista modo administrativo implantado no município, nos últimos anos. Acabou-se a servidão política, as ameaças aos pobres que receberam ou ainda recebem alguns benefícios financiados com recursos públicos, aos funcionários, o clientelismo escancarado em troca de votos, entre outros expedientes nocivos aos interesses do município.
Foi um fim melancólico, porem, merecido. O retrocesso político que esse grupo impôs a Pombal faz lembrar o modo de fazer política dos anos trinta. A arrogância, prepotência e desrespeito ao homem comum, faziam a lei maior, no sentido vulgar da palavra, que prevaleceu por oito anos, período em que o ex administrou os destinos da terrinha.
Na sua administração havia mais medo do que respeito, mais ordens, na base do cumpra-se, do que o diálogo. Os que estavam ao seu redor eram considerados medíocres, incompetentes, portanto tinham que cumprir as suas determinações, sem olhar pra trás, sob pena de perderem os respectivos cargos. Qualquer um que viesse a discordar o destino era o olho da rua. Isso valia também para os funcionários. Embora muitos contratados via concurso público, tinham medo de sofrer represálias, se por acaso emitissem qualquer opinião que fosse ao encontro da opinião do chefe. Os olheiros estavam em toda parte.
Assim sendo tudo que se conversava no ambiente de trabalho, o chefe sabia em fração de horas. Desse modo o caldo da autodestruição política foi se formando de forma lenta e gradual. O caldeirão explodiu, não ficou pedra sobre pedra.
Ao concluir o seu mandato de oito anos o ex, escolheu, a dedo, para a sua sucessão, um rapaz calmo e tranquilo, sem nenhuma experiência administrativa, no âmbito da coisa pública, que parecia servir muito bem ao seu projeto, cujo objetivo maior, era imortalizar-se como o maior administrador de todos os tempos, em cima do insucesso de um administrador inexperiente, jovem e pouco conhecido no seio da comunidade. Foi aí que se enganou. O rapaz tomou gosto e resolveu introduzir um novo modo administrativo que não tinha nada a ver com o modo administrativo do seu antecessor. Aí veio a ciumeira e em seguida o rompimento. O povo não só acompanhou, como também percebeu tudo o que estava acontecendo na política, sobretudo na revolução administrativa estava sendo posta em prática pelo novo prefeito. Não houve alternativa, posto que, o povo aprovou jovem prefeito, homem probo, de coração cheio de bondade e a cabeça lotada de bons projetos. O desespero tomou conta do grupo do ex ao ver a trajetória de sucesso do novo administrador, que por dois anos e nove meses só trouxe felicidade e paz para o povo da terrinha.
O ciclo foi interrompido por razões já explicadas. Agora o ciclo foi retomado pela livre e espontânea vontade do povo. Assim como o povo consagrou Jairo, como administrador, acaba de conferir a sua esposa o diploma legal de executiva municipal, para que possa dar continuidade ao trabalho do seu esposo, repito, interrompido de forma extemporânea, quando o povo, na sua grande maioria, aprovava a sua administração.
Pela primeira vez o município de Pombal será administrado à luz de uma proposta de ação administrativa, que expressa O PENSAMENTO VIVO DE JAIRO. Esse Plano de Ação, enquanto prefeito, o fazia sonhar acordado. Era tudo o que queria. Parecia uma possibilidade distante, mas, hoje, é uma realidade. Tenho absoluta certeza de que Polyana pautará toda sua administração, inspirada nos programas e projetos, que serão elaborados e executados pelos vários setores da administração municipal. Vale a pena ressaltar que todas propostas estão em perfeita sintonia com as aspirações do povo da terrinha.
Sem dúvidas, a auto-estima do povo será retomada. Novos benefícios haverão de vir em tempo recorde, postos que os dois grandes gabinetes da presidência de república e do governo do estado, estão de portas escancaradas a espera de programas, projetos e atividades que possam melhorar as condições de vida do povo dessa sofrida terra.
Vamos todos ajudar a Polyana, cada um ao seu modo, para que Pombal volte a crescer, para o bem de todos, em particular daqueles menos favorecidos que sonham com dias melhores. É tudo isso que desejamos. Enfim, Pombal Acordou, pois já não há mais pesadelo, o sonho é real. Abraços e até breve...João Pessoa, 06 de Outubro de 2008.
Ignácio Tavares - Filho da Terra
CONTATO: itavaresaraujo@hotmail.com

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