quarta-feira, 23 de junho de 2010

Campanha Milionária - RC paga 15 milhões a publicitário

Estrela da campanha presidencial de Lula em 2002, o publicitário Duda Mendonça viveu o céu e o inferno do marketing político brasileiro, mas depois de um amargo período de quase cinco anos de discrição, volta requisitado nas eleições deste ano. Alçado como o principal nome da área depois da campanha vitoriosa do petista em 2002, Duda viu seu patrimônio profissional e moral ruir depois do escândalo do mensalão, quando afirmou que parte da campanha de Lula à Presidência fora paga com dinheiro de caixa dois.

A forte associação com o PT e a mácula no currículo por admitir a forma irregular de pagamento espantaram os clientes de partidos de oposição ao governo Lula e reduziram o escopo de atuação de Duda. Além disso, o publicitário viu minguar os contratos com o governo federal, represália petista pelo excesso de sinceridade que colocou o partido em maus lençóis após admitir, em comissão de inquérito da Câmara dos Deputados, a existência de caixa dois na campanha do PT. Dos R$ 63 milhões que recebeu em 2004, os contratos de Duda com o governo federal caíram para uma média de R$ 10 milhões anuais.

Aos poucos, o publicitário retoma seu espaço. Apesar de não participar diretamente das campanhas presidenciais deste ano, Duda rodou o país em encontros reservados com candidatos aos governos estaduais e ao Senado. Conversou e mandou emissários a pelo menos 12 estados e, até agora, fechou quatro grandes contas. Roseana Sarney (PMDB), candidata à reeleição para o governo do Maranhão, Ricardo Coutinho (PSB), que concorre ao governo da Paraíba, o tucano Siqueira Campos, que tenta chegar ao Palácio Araguaia, em Tocantins, e o empresário Paulo Skaf (PSB), candidato ao governo de São Paulo, escolheram Duda como guru.

Mas a temporada de caça aos marqueteiros ainda está aberta e muitos candidatos ainda não definiram a equipe responsável pela propaganda. Em Minas Gerais, Duda Mendonça ainda pode ganhar as contas de Hélio Costa (PMDB) e de Fernando Pimentel (PT), na disputa pelo governo e pelo Senado, respectivamente. Duda esteve em Belo Horizonte para discutir a proposta com Hélio Costa. No almoço, o publicitário apresentou a conta salgada do contrato, que chegaria a R$ 15 milhões. Muitos dos candidatos que desistiram de fechar com o publicitário reclamam do preço dos serviços. Uma campanha para o Senado sai entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões.

Sigilo
Apesar de alguns candidatos que já consultaram os preços de Duda deixarem escapar valores, quem assinou contrato afirma que o sigilo é uma das cláusulas. O presidente do PMDB do Maranhão, Remi Ribeiro, afirma que o preço fechado para a campanha de Roseana não pode ser divulgado, a pedido do publicitário, para não despertar descontentamento em outros clientes.

O líder partidário garante, no entanto, que para a campanha do Maranhão o contrato deve ficar um pouco abaixo dos R$ 15 milhões previstos para Minas Gerais. “Naturalmente, a coisa (o valor do contrato) não é tão fácil para padrões de Nordeste. Não estamos adquirindo um bem, estamos adquirindo um serviço.”

O número
R$ 15 milhões
Valor que Duda Mendonça teria cobrado para fazer a campanha de Hélio Costa (PMDB), candidato ao governo de Minas Gerais

# Josie Jeronimo

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Destino do PR gera expectativa política no pleito 2010

O presidente do Partido da República na Paraíba deputado federal Wellington Roberto deverá anuncia até o final do dia de hoje sua posição política e a definição da sua candidatura e do seu filho Caio para o pleito deste ano.

Para o dia de hoje vários encontros agendados, o clima promete muita conversa, mas, certamente o governador Maranhão (PMDB) não vai querer um afastamento do PR da sua campanha, pois esta posição poderia provocar uma queda nas intenções de voto, tirando assim a perspectiva de vitória em primeiro turno.

Segundo declarações do Deputado Wellington Roberto que se encontra em situação privilegiada para este pleito, se sua decisão for de apoio a chapa maranhista, o pleito será decido em primeiro turno, caso se neutralize quanto à majoritária certamente a disputa seguirá para segundo turno.

WR já decidiu que só fica na base de apoio a majoritária de sair senador, caso contrário ele marchará independente e firmará coligação com diversos partidos só na proporcional.

Os partidos que se refere o deputado já declinaram apoio a sua decisão seja qual for. Dentre os partidos aliados estão: PRTB, PT do B, PMN e PSDC.

O PRTB divulgou em seu site de forma oficial o seu apoio incondicional ao deputado Wellington. Veja no link http://www.prtb28pb.com.br/noticiacomp.php?id=162.

terça-feira, 1 de junho de 2010

WR se reúne com Santiago na quinta para avaliar candidatura e analisar conjuntura política no Estado da PB

O presidente do diretório estadual do PR na Paraíba, deputado Wellington Roberto, vai se reunir com o colega de parlamento, Wilson Santiago (PMDB), na próxima quinta-feira (03) para discutir a conjuntura política do Estado e a possibilidade da agregação da sigla na chapa majoritária do PMDB.

Em entrevista à rádio CBN, na manhã desta terça-feira (01), Wellington disse que vai avaliar junto com o peemedebista Wilson Santiago a postulação para o Senado Federal e avaliar qual o melhor cenário.

“Vamos analisar nossas candidaturas, ver a possibilidade de cada um, pois Santiago também é um ótimo nome e tem toda a condição de postular a candidatura rumo ao Senado Federal”, disse o dirigente do PR.

O parlamentar não anunciou o local nem o horário do encontro.

Roberto deixou ainda nas entrelinhas durante a entrevista, que caso não consiga firmar a candidatura rumo ao Senado Federal irá se dedicar ao projeto de reeleição rumo à Câmara Federal e oficializará a candidatura do filho, Kaio Roberto (PR), para disputar uma das 36 cadeiras da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba.

A expectativa é que Wellington Roberto siga um caminho neutro caso não se firme como um dos pré-candidatos ao Senado Federal.



Márcia Dias

Servidoras negam ter contratado funcionárias para gabinete de Efraim

As servidoras do Senado Mônica da Conceição Bicalho e Kátia Regina Bicalho refutaram a acusação de terem contratado como funcionárias fantasmas do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) as irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva.

Durante 11 horas e 30 minutos, Mônica e Kátia prestaram depoimento à Polícia do Senado. Acompanhadas de seus advogados, elas chegaram pouco depois das 8h à delegacia localizada no subsolo do Anexo II. O depoimento começou às 9h desta segunda-feira (31) e elas saíram do local às 20h30, sem falar com os jornalistas.

Segundo o diretor da Secretaria de Polícia, Pedro Araújo Carvalho, Mônica e Kátia disseram que as irmãs Kelriany e Kelly tinham conhecimento de suas contratações e que prestavam serviços externos para o gabinete de Efraim Morais. O senador, conforme as depoentes, não tem nenhum envolvimento com a história.

Mônica e Kátia, segundo informou Pedro Araújo, disseram também que Kelriany e Kelly tinham dívidas com elas e que os salários que recebiam eram usados para o pagamento desses débitos.

Kelriany contou à imprensa ter descoberto que era funcionária do Senado ao tentar abrir uma conta bancária. A conta teria recebido depósitos de R$ 3,8 mil por mês. Kelriany teria inclusive sido "promovida". Kelly e Kelriany já foram ouvidas pela Polícia Legislativa e reafirmaram as denúncias contra Mônica e Kátia.

A Polícia do Senado, como anunciou seu diretor, vai agora confrontar os depoimentos e, se necessário, pode fazer uma acareação entre as quatro. As versões contraditórias devem ser checadas também por meio de exame grafotécnico e quebra de sigilo bancário. Pedro Araújo informou ter colhido amostras das assinaturas das quatro depoentes para viabilizar o exame grafotécnico.

O diretor da Polícia do Senado esclareceu que o prazo para o inquérito encerra-se no dia 26 de junho.

Agencia senado