terça-feira, 1 de junho de 2010

Servidoras negam ter contratado funcionárias para gabinete de Efraim

As servidoras do Senado Mônica da Conceição Bicalho e Kátia Regina Bicalho refutaram a acusação de terem contratado como funcionárias fantasmas do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) as irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva.

Durante 11 horas e 30 minutos, Mônica e Kátia prestaram depoimento à Polícia do Senado. Acompanhadas de seus advogados, elas chegaram pouco depois das 8h à delegacia localizada no subsolo do Anexo II. O depoimento começou às 9h desta segunda-feira (31) e elas saíram do local às 20h30, sem falar com os jornalistas.

Segundo o diretor da Secretaria de Polícia, Pedro Araújo Carvalho, Mônica e Kátia disseram que as irmãs Kelriany e Kelly tinham conhecimento de suas contratações e que prestavam serviços externos para o gabinete de Efraim Morais. O senador, conforme as depoentes, não tem nenhum envolvimento com a história.

Mônica e Kátia, segundo informou Pedro Araújo, disseram também que Kelriany e Kelly tinham dívidas com elas e que os salários que recebiam eram usados para o pagamento desses débitos.

Kelriany contou à imprensa ter descoberto que era funcionária do Senado ao tentar abrir uma conta bancária. A conta teria recebido depósitos de R$ 3,8 mil por mês. Kelriany teria inclusive sido "promovida". Kelly e Kelriany já foram ouvidas pela Polícia Legislativa e reafirmaram as denúncias contra Mônica e Kátia.

A Polícia do Senado, como anunciou seu diretor, vai agora confrontar os depoimentos e, se necessário, pode fazer uma acareação entre as quatro. As versões contraditórias devem ser checadas também por meio de exame grafotécnico e quebra de sigilo bancário. Pedro Araújo informou ter colhido amostras das assinaturas das quatro depoentes para viabilizar o exame grafotécnico.

O diretor da Polícia do Senado esclareceu que o prazo para o inquérito encerra-se no dia 26 de junho.

Agencia senado

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