
Na tarde desta desta segunda-feira (19), a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude e a Equipe Especializada nas áreas de Saúde e Consumidor realizaram uma audiência com representantes da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS/JP) e da Agevisa para cobrar providências capazes de melhorar o gerenciamento, a distribuição e o controle das vacinas.
A responsável pela Seção de Imunização, Chiara Dantas, informou que cerca de mil doses da vacina contra o rotavírus são distribuídas por mês na rede pública municipal de saúde. A SMS/JP já abriu sindicância para identificar e responsabilizar os servidores que não descartaram as vacinas vencidas. A diretora da Vigilância à Saúde do município, Júlia Vaz, falou sobre os investimentos da prefeitura no setor de imunização (como a aquisição de geradores de energia e equipamentos isotérmicos que mantêm a temperatura a 1°C por 24 horas em caso de emergência para garantir a qualidade das vacinas). Já o gerente da Vigilância Sanitária da Prefeitura, Ivanildo Brasileiro, informou que, a partir desta terça-feira (20), o trabalho de fiscalização das 180 equipes do PSF (o que contempla as 138 salas de imunização) será intensificado.
O promotor de Justiça Glauberto Bezerra solicitou o cronograma das inspeções da Vigilância Sanitária Municipal. Para ele, o problema é gerencial. “Nosso principal objetivo é defender e proteger os cidadãos. Constatamos que esse problema não é pontual, já que aconteceu em mais de um local e em um serviço de referência que é a Maternidade Cândida Vargas. Isso mostra que se trata de um problema gerencial e que é preciso melhorar o sistema para que voltemos a confiar nele”, disse.
A promotora de Justiça que está substituindo na Infância e Juventude, Fabiana Lobo, orientou os pais a procurarem o Ministério Público, caso constatem que seus filhos receberam doses de vacinas vencidas. “É importante que os pais peçam para ver o prazo de validade das vacinas e dos medicamentos”, alertou.
Rotavírus
O rotavirus é responsável por cerca de 30% das diarreias graves em crianças com até cinco anos de idade. A vacina contra o rotavírus passou a integrar o calendário do Programa Nacional de Imunizações em março de 2006 e, atualmente, faz parte do calendário básico de vacinação da criança. De acordo com o Ministério da Saúde, o imunobiológico é capaz de evitar, a cada ano, a morte de 850 crianças com menos de cinco anos de idade em todo o País e de reduzir em até 42% o número de internações hospitalares por diarreia. A vacina está à disposição da população nos postos de saúde da rede pública. Cada criança deve receber duas doses em forma de gotinhas.
Assessoria
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