sábado, 6 de fevereiro de 2010

STJ cassa liminar e convenção nacional do PMDB ocorre hoje

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Cesar Asfor Rocha, derrubou na madrugada deste sábado a liminar que suspendia a realização da convenção do PMDB, que escolherá a nova direção do partido. Com a decisão, a data para a convenção, marcada para este sábado, será mantida.

Mais cedo o TJ (Tribunal de Justiça) do Distrito Federal tinha acatado recurso de um grupo do PMDB, contrário à aliança nacional do partido com o PT, e suspendeu a convenção do partido.

Em entrevista ao colunista Josias de Souza, Michel Temer (PMDB), presidente da Câmara, disse que "a decisão do Tribunal de Justiça do DF foi equivocada".
"A desembargadora [Vera Andrighi] fez uma interpretação errônea do regimento do partido. O STJ repôs a matéria nos trilhos", afirmou Temer.

A cúpula do PMDB articula a apresentação de uma chapa única liderada por Temer (PMDB-SP). O grupo do presidente da Câmara trabalha para reconduzi-lo ao comando da legenda com o objetivo de fortalecer o seu nome para disputar a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

Já o grupo que moveu a ação judicial para cancelar a convenção --diretórios de São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Paraná-- é contrário a proposta de aliança nacional do PMDB com a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff.

A convenção tem como objetivo eleger a nova Executiva Nacional do PMDB (cúpula do partido). O encontro foi antecipado do dia 10 de março para 6 de fevereiro.

O PMDB do Paraná apoia, em sua maioria, a indicação do governador do Estado, Roberto Requião (PMDB), como pré-candidato do PMDB à Presidência da República.

O comando do partido, porém, já fechou um pré-acordo com o PT para apoiar a ministra Dilma nas eleições de outubro --consolidando a aliança nacional com o PT.

Temer é o nome mais cotado no partido para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma, por isso interlocutores peemedebistas admitem que a pressa na sua reeleição para o comando do PMDB tem o objetivo de mostrar a sua liderança na legenda.

Em dezembro, Requião lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O governador do Paraná conquistou o apoio do PMDB de São Paulo, contrário à aliança nacional do partido com o PT.

Requião afirma que a sua candidatura é apoiada por representantes de 15 diretórios municipais do partido. De acordo com o governador, desde 1994, com Orestes Quércia, o PMDB não tem candidatura própria à Presidência.



Folha Online

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